sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Felicidade Realista em 2010!

Amigas, depois de um longo e tenebroso inverno de muita preguiça do blog, estou de volta!!!
O ano começou há 1 mês e, só agora, vim contar-lhes minhas resoluções pra 2010!
Estou atrasada, sei disso, mas ainda é hora de renovar, jogar fora os recalques e inseguranças e alçar voos mais altos, né?
Pra começar, nada de ficar esperando que algo grandioso aconteça para ser plenamente Feliz! Balela! Isso não existe!!! Helooo balzaca sonhadora.... rs
Vou tratar de ser feliz com o corpitcho (aff) que tenho e lutar, malhar mais, beber menos (ai), e dar adeus a 4 kgs que não me pertencem!
Gastar menos e começar a poupar, visto que os pés de galinha e sulcos (socorro!) estão ganhando espaço e preciso pensar no futuro (já era sem tempo né Alice! rs)
Ser feliz com meu relacionamento ou cantar a canção "Levanta sacode a poeira e dá volta por cimaaaaaa"... o mesmo para meu emprego! Porta da rua serventia da casa! (Não é nada fácil...mas...)
Além de ser uma mãe mais paciente (contarei até mil), irei aprender um idioma e viajar mais (chega de Lençois e circuito das águas! kkk). Mas nada de perguntarem onde vou no carnaval!! (Detesto carnaval e natal!).
Enfim, buscarei uma felicidade realista a minhas possibilidades. Sonhar é fundamental mas não enche barriga! (credo!)
Mesmo quando estiver lá entoando meu lerê-lerê, lerê, lerê,lereeee, vou lembrar que existe um sol brilhando lá fora, estou cheia de saúde, tenho tudo que preciso pra viver e vum bora ser Feliz!! Passarei meu reboco na cara com um pó iluminador por cima e sairei toda prosa por aí!
Bjos a todas!
Karine




Felicidade Realista
(Martha Medeiros)

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o
suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.

Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Raio X

Ela sempre inspirou paixão.
Assistiu a filmes de final feliz, leu calhamaços de histórias de mocinhas que se apaixonam por mocinhos e cantarolou músicas de pura passione.
Ela colecionou papéis de carta de desenhos finos e perfumados. Colecionou com intenção de uma dia escrever sobre seus amores a seus namorados.

Ela ensaiou beijos defronte espelhos e declamou poesias como um trovador. Ela guardou histórias, segredos empoeirados, romances da juventude. Amor febril.
Escondeu traumas e lágrimas, disfarçou o choro com sorriso de canto. Ela sempre foi paixão.

Ela acreditou em sonhos. Mas acolheu a ideia de não ter uma companhia para ir além das nuvens. Fotografou amores, beijos e promessas e deu a esses retratos o nome de alma gêmea.

Ela amou intensamente. Viveu para descobrir a imensidão desse sentimento, ainda que para muitos o amor seja uma conveniência ou um sentimento passageiro.

Ela sempre vai inspirar e expirar paixão. Continuará a assistir filmes de final feliz, a ler histórias de mocinhas que se apaixonam por mocinhos, a cantar músicas de pura passione. Permanecerá declamando poesias e guardando histórias empoeiradas.
Ela continuará acreditando em sonhos. Porque ela sempre viverá para o amor.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Não é hora de perder a esperança"


Recordo os tempos dos 10 ou 12 anos, mais ou menos, fase de transição entre a ainda menina e o projeto de mulher. Minha tia me levou a uma das visitas da Pastoral da Criança, num bairro pobre de Belo Horizonte. Lá eu vi pela primeira vez a dona Zilda Arns. Uma senhorinha de pequenos olhos claros, sorriso sempre aberto, rosto germânico e gestos comedidos.

Era um dia festa, por causa da visita dela. Fiquei admirada com aquela mulher que tinha vindo de longe explicar a algumas mães como cuidar melhor de seus filhos. Só mais tarde pude entender a vastidão daquele gesto. Ali eu conheci algumas crianças que só conseguiram se manter neste mundo graças ao trabalho dos voluntários da Pastoral, criada por Zilda.

Ali também minha tia me ensinou: quando estiver diante de gente que abraçou o ser humano e tem em sua mais profunda essência o espírito público, certifique-se de que é verdadeira essa sua impressão, bata palmas e siga esse cidadão.

Desde então, eu passei a acompanhar a trajetória dessa grande mulher que salvou milhares de vidas com cuidados básicos da saúde. Mais de 15 anos depois, pude olhar para aqueles olhos novamente em uma vista que ela fez à pastoral de Ji-Paraná.

Em todo esse tempo, enquanto estávamos distraídos, estudando e trabalhando, e nem notávamos as mudanças em nossa paisagem, Zilda Arns metia a mão na massa para reduzir sofrimento humano. Enquanto nos mantínhamos atentos ao processo de nosso crescimento pessoal, às questões da família e dos amigos, e nem notávamos que lá fora a coisa estava ficando complicada, ela agia. Zilda não suportou ver as crianças brasileiras asfixiadas: sem ar, sem água, sem pão, sem amor, sem alegria. Será ousadia cuidar das pequenas coisas que fazem a vida das pessoas? Será temerário ter o ser humano como objetivo principal de qualquer atitude?

O trabalho de Zilda Arns provava que uma parcela importante, significativa, da humanidade, não tinha perdido as esperanças. E como disse dom Evaristo hoje, sobre a morte da irmã no Haiti:"Não é hora de perder a esperança".

Assim como você



Hoje escrevo para indicar o que na minha humilde opinião é melhor blog que eu já li. O Jairo é jornalista, trabalha na Folha de S.Paulo e é cadeirante. Seu blog, o Assim Como Você abriu e continua abrindo a minha cabeça para as necessidades das pessoas com alguma limitação física, ou “malacabadas” como ele diz.

Tudo escrito com muito, muito humor e nenhum discurso chato! Tenho que confessar que quase faço xixi nas calças ao ler os posts. Na redação a galera já sabe quando estou concentrada nas aventuras que o Jairo narra: as gargalhadas são tão altas que atrapalho todo mundo. E como curioso é sobrenome de jornalista, os colegas não sossegam enquanto não leem também. O politicamente correto (aquele do tipo hipócrita) não cola com o Jairo e sua turma. Aliás, ele tem centenas de leitores fiéis e participativos (Eu quero que o CINCOETANTO seja assim quando crescer).

Aprendi lendo o blog do Jairo que a gigantesca gangue de gente sem perna, sem braço, que tem o escutador de novela prejudicado, que manca, que baba, e que num para em pé viveria muito melhor com algumas adaptações e muita compreensão. Como vivo indicando para os amigos decidi postar aqui. Não faço isso para sensibilizar as pessoas sobre “a causa deficiente”, quem faz isso é o Jairo. E faz com naturalidade. Indico porque é muito bom mesmo. Viva a inclusão!

http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Resoluções de ano-novo

Adoro listas! Sou viciada. De supermercado a consulta médica, eu sempre faço uma lista para facilitar. A propósito: a cara dos médicos quando perguntam o que eu estou sentido, e de repente, eu saco um papel e começo a ler é hilária...

Às vezes não adianta, pois esqueço a lista em casa, mas pelo menos, tenho sensação virtual de ser uma pessoa mais organizada. Mas agora resolvi extrapolar a atividade deliciosa de colocar a vida em itens.

Nunca havia pensado nas resoluções para um novo ano da forma tradicional (emagrecer, comprar uma casa, mudar de emprego, etc.). Sempre achei uma besteira. Tinha planos e pronto.

E como as decisões desta época do ano, alguns dos meus planos se concretizavam, outros não. Mas agora vou fazer como todos, e até mais um pouco. Vou publicar aqui as minhas resoluções. O objetivo é para ser cobrada por todos. Ou seja, caros amigos, tenho dever de dar satisfações a todos que lerem esse post.

Esse é um passo bastante importante para alguém que tem verdadeiro pavor de frustrar os outros. Mas, por favor, não se contenham. Cobrem. Envergonhem-me. Assim terei mais força para cumprir meus planos nos anos que seguirão. Aí vão meus objetivos para 2010:

Emagrecer (Vamos começar logo com o mais difícil)
Cozinhar (Faço muito bem, mas a preguiça anda me vencendo)
Malhar de verdade (Lá vem a tal da preguiça de novo)
Tirar carteira (Ok, ok, ok. Já devia ter feito isso a long time ago)
Botar as contas em dia (E nunca mais dever nem satisfação para o banco)
Viajar mais por diversão (Atualmente é quase que só por trabalho e visitar a família)
Guardar dinheiro (Preciso de fórmulas. Alguém?!)
Comprar um celular decente (O meu é quase uma piada)
Ligar constantemente para os meus amigos (Eles me fazem muita falta)
Fazer amigos (Em São Paulo, já que os meus, e eu mesma, estão espalhados mundo afora)
Estudar (Várias coisas, mas especialmente francês)
Escrever boas histórias (Elas estão por aí, espalhadas pelo mundo. Loucas para serem descobertas...)
Escolher minhas próprias roupas (Sem levar a opinião dos outros em conta)
Contribuir com o Cincoetanto

Feliz 2010 pra todo mundo! Espero cobranças...