segunda-feira, 28 de junho de 2010
O 1º bolo de maçã a gente nunca esquece!
De uns tempos para cá tenho sentido uma enorme vontade de aprender a cozinhar. Acho que isso é meio que um dom e como não o tenho estou forçando a barra para pelo menos tentar exercer essa minha parte mulherzinha de forma razoável. Tenho visitado uns blogs de culinária e alguns deles são inspiradores, além da beleza das fotos e do capricho de suas donas, a forma como elas nos encorajam a testar as receitas é contagiante! Já salvei várias receitas, comprei alguns ingredientes que ainda não usei e espero cada vez mais aprimorar a minha falta de jeito. Só sei que quando no final tudo dá certo, dá uma imensa alegria de realização.
A receita do meu primeiro bolo de maçã eu tirei do blog chocolatria, desse post aqui, esse blog é uma delícia, dá água na boca e realmente adoça a vida! O preparo é bem simples e o cheirinho da maçã assando junto com a canela é delicioso.
Bolo de maçã
Ingredientes:
1 1/3 xícaras de óleo vegetal
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de canela em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio ( eu não tinha em casa, então substitui por uma colher de chá bem rasa de fermento em pó )
1 colher de chá de sal
2 xícaras de açúcar
3 ovos
4 maçãs -usei a Gala- descascadas, sem sementes e cortadas em cubinhos. ( Eu usei 3 maçãs grandes e achei o suficiente )
1 xícara de nozes picadas grosseiramente ( eu não tinha nozes, então usei castanhas de caju que eu já tinha comprado previamente trituradas )
Modo de Fazer:
Pré-aqueça o forno a 180oC.
No bowl da batedeira, junte os ovos, o óleo e o açúcar. Em um outro recipiente, misture a farinha, o bicarbonato, o sal e a canela polvilhados.
Bata a mistura de ovos até obter um amarelo claro. Agregue a mistura de secos e bata o suficiente para envolver.
Retire da batedeira e adicione as nozes e as maçãs picadas. Divida a mistura nas assadeiras previamente untadas com manteiga e polvilhadas com farinha de trigo, deixando um dedo de borda.
Leve para assar por cerca de 45 minutos -faça o teste do palito- rotacionando a forma no meio do tempo.
Ficou muito bom! Se alguém se animar de testar a receita, me conta depois como foi!
Boa semana e bom jogo do Brasil pra nós hoje!!
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Ao gênio, com carinho.
"Acho que todos nós devemos repensar o que andamos aqui a fazer. Bom é que nos divirtamos, que vamos à praia, à festa, ao futebol, esta vida são dois dias, quem vier atrás que feche a porta – mas se não nos decidirmos a olhar o mundo gravemente, com olhos severos e avaliadores, o mais certo é termos apenas um dia para viver, o mais certo é deixarmos a porta aberta para um vazio infinito de morte, escuridão e malogro".
SARAMAGO,José.“Cada vez mais sós”, in Deste Mundo e do Outro, Ed. Caminho, 7.ª ed., p. 216
Difícil entender do que é feita a cabeça dos gênios. Mas há uma semelhança entre eles: a capacidade de ver sempre além, de enxergar o que algumas pessoas nunca verão, de entender que a vida nunca será explicada. Todos os meus escritores favoritos são vanguardistas, são meio loucos, não são politicamente corretos, são contestadores, realistas e, aí está a pitada mágica da genialidade, mesmo assim conseguem arrebatar a alma de quem os lê.
Saramago já estava no hall da imortalidade mesmo estando vivo, seus livros dizem tanto e abrem tanto a mente das pessoas que chega a doer. Aliás, a dor da melancolia portuguesa que ele ajudou a transformar em universal aliada à visão extraordinária de uma mente genial capaz de colocar no papel algo que mude a forma de pessoas enxergarem a vida é só uma das características desse escritor, jornalista, dramaturgo e poeta.
Perdoem-me a repetição de características, mas gênios não morrem todos os dias. O que Saramago fez pela literatura mundial e pelas pessoas que transformou já está imortalizado.
Apesar de saber que sua obra jamais deixará de ser ter o peso de sua genialidade, hoje o dia amanheceu mais triste. Não digo adeus nem até logo, digo que ele sempre fará parte de quem o lê porque ninguém permanece o mesmo após passar por Saramago.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Eu não sou do uhu!
Você acorda cedo no domingo sem muitos planos para o dia. Fica na cama pensando no que poderia fazer para otimizar a sua total liberdade de não fazer nada. O telefone toca. É um amigo convidando para um churrasco. Uhu!, você pula da cama animadíssima! Hoje é dia de comer tarde, ter no prato uma carne mal cortada e fora do ponto e beber cerveja quente. Não, obrigada, você diz. Do lado de lá, cogitam, o que te faz ser menos feliz que eles.
Ok, eu sei que um churrasco pode ser divertido, motivo para encontrar amigos, bater um bom papo. E esse é só um exemplo. Às vezes, eu gosto muito. Mas, às vezes, não. E não me convencem armadilhas emocionais politicamente corretas que te fazem crer que essas são obrigações sociais que você deve cumprir para... ser feliz.
Sinto nas pessoas uma certa obrigação de ser feliz. Uhu! é o lema. O mundo anda barulhento demais. Uma espécie de euforia compelida... quase uma histeria coletiva... que vai crescendo... e fica difícil prestar atenção em alguma coisa... fica difícil prestar atenção nas pessoas... Faz-se mais e sente-se menos.
Eu não sou do uhu!, não sou de matilha, nem de fazer “a social” e me entedio com todo-mundo-junto-o-tempo-todo. Mas entenda, não estou abatida, nem deprimida, não maltrato criancinhas, dou passagem na faixa de pedestres e cuido muito bem das minhas plantinhas.
Desculpem, é piegas, eu sei; mas não acho termo menos clichê para dizer exatamente isso: "triste é quem tem obrigação de ser feliz".
Ok, eu sei que um churrasco pode ser divertido, motivo para encontrar amigos, bater um bom papo. E esse é só um exemplo. Às vezes, eu gosto muito. Mas, às vezes, não. E não me convencem armadilhas emocionais politicamente corretas que te fazem crer que essas são obrigações sociais que você deve cumprir para... ser feliz.
Sinto nas pessoas uma certa obrigação de ser feliz. Uhu! é o lema. O mundo anda barulhento demais. Uma espécie de euforia compelida... quase uma histeria coletiva... que vai crescendo... e fica difícil prestar atenção em alguma coisa... fica difícil prestar atenção nas pessoas... Faz-se mais e sente-se menos.
Eu não sou do uhu!, não sou de matilha, nem de fazer “a social” e me entedio com todo-mundo-junto-o-tempo-todo. Mas entenda, não estou abatida, nem deprimida, não maltrato criancinhas, dou passagem na faixa de pedestres e cuido muito bem das minhas plantinhas.
Desculpem, é piegas, eu sei; mas não acho termo menos clichê para dizer exatamente isso: "triste é quem tem obrigação de ser feliz".
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Prefira o ogro
Mesmo num mundo com menos preconceito, muitos homens ainda não saíram do escurinho do armário. Mas tem um tipo de homem, que me deparo sempre e cada dia mais: ele é heterossexual convicto, nada gay, mas detesta mulher. Em vez de desejar a mulher, ele deseja a si mesmo, o que reflete na retina feminina.
Sabe que precisa de uma mulher, e até gosta de desfilar com aquela que ele considera privilegiada, mas pouco se importa com as emoções dela. É o cara que trata a mulher que o acompanha com desdém, até que apareça uma amiga dela ou dele. Aí ele se acende como se fosse árvore de Natal na Lagoa da Pampulha. Quer mesmo é fazer a social e depois correr para contar seus feitos para os amigos.
É monotemático na conversa. Só fala de carro. Só fala de golfe. Só fala de trabalho. Só fala dele. Ama um espelho. Aposta no físico perfeito, mas é emocionalmente um banana. Coloca-se como porta-voz , interrompe e fala pela mulher, mesmo quando o assunto são os projetos dela.
Ele curte sair com os camaradas, comentar a boa forma do Paulão, vai religiosamente à academia, mas nunca leu uma lauda. Lá no fundo, ele acredita que há um lugar muito especial, superior, reservado aos homens, e que as mulheres, nessa escalada evolutiva, estão lutando contra a própria natureza.
Fujam desse tipo. Ele é o príncipe encantado do Sherek. Prefira o ogro.
Sabe que precisa de uma mulher, e até gosta de desfilar com aquela que ele considera privilegiada, mas pouco se importa com as emoções dela. É o cara que trata a mulher que o acompanha com desdém, até que apareça uma amiga dela ou dele. Aí ele se acende como se fosse árvore de Natal na Lagoa da Pampulha. Quer mesmo é fazer a social e depois correr para contar seus feitos para os amigos.
É monotemático na conversa. Só fala de carro. Só fala de golfe. Só fala de trabalho. Só fala dele. Ama um espelho. Aposta no físico perfeito, mas é emocionalmente um banana. Coloca-se como porta-voz , interrompe e fala pela mulher, mesmo quando o assunto são os projetos dela.
Ele curte sair com os camaradas, comentar a boa forma do Paulão, vai religiosamente à academia, mas nunca leu uma lauda. Lá no fundo, ele acredita que há um lugar muito especial, superior, reservado aos homens, e que as mulheres, nessa escalada evolutiva, estão lutando contra a própria natureza.
Fujam desse tipo. Ele é o príncipe encantado do Sherek. Prefira o ogro.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Eu te amo!
Eu nunca disse o quanto amei você. Ao contrário, fiquei calada e por vezes espanei o que estava sentindo. Medo de admitir que aquele amor era maior que eu e não cabia aqui dentro.
Eu também nunca disse o quanto desejei você. Os sonhos de uma vida ou de um amor adolescente. Ao contrário, fiquei em silêncio, sem esgostar todas as possibilidades de uma paixão para a vida toda, guardando sentimentos que deveriam ser vividos juntos, construídos juntos. Firmando e reafirmando as certezas de seguir em frente.
Eu pensava que o silêncio fosse dizer tudo o que sentia, de maneira delicada, sutil. Eu pensava que o silêncio, como um sopro, pudesse encurtar o tempo e trazer você de volta.
Preciso aprender a dizer.
"E hoje em dia, como é que se diz eu te amo?"
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