terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Felicidade e regras não-aplicáveis
Há pouco tempo, o marido de uma amiga me disse que o segredo da felicidade consiste em não criar regras não-executáveis para nossas vidas. Regras do tipo que não sejam possíveis, ou que sejam quase impossíveis de se cumprir.
Exemplifico: proibir seus filhos adolescentes de ver televisão ou acessar a internet durante a tarde, e determinar que eles estudem neste período. Pode-se até criar punições para quem descumprir a norma.
O plano parece bom, entretanto eles ficam sozinhos em casa até você chegar à noite. Resumo da ópera, esta regra tem chance mínima de ser aplicada, já que não pode ser fiscalizada. E seria injustiça aplicar punições sem provas ou evidências.
Segundo o marido da minha amiga, assim acontece com quase tudo na vida. E apesar da obviedade do desperdício de energia em ter uma regra não-executável na nossa vida, passamos boa parte do tempo criando determinações do tipo para nós mesmos e pessoas a nosso redor.
Ao mesmo tempo em que eu escrevo esse texto, eu avalio quais são as regras falidas que institui para mim e para os outros. Acho que não são poucas a contar da minha insatisfação em alguns campos da minha vida.
Essas determinações ineficientes dificultam a nossa vida e nos dão a impressão de que falhamos ao não cumprir determinada regra, quando o erro na verdade foi estabelecer uma regra que não vai funcionar na prática. Mas o mundo está cheio de determinações do tipo não-aplicável.
Só para citar algumas: uma lei do Estado de Michigan proíbe amarrar jacarés aos hidrantes. Lá também existe uma regra segundo a qual casais casados que não vivam sob o mesmo teto devem ser presos. Claro que nem precisa dizer que essas leis não são aplicadas, certo?!
Pois é. Não sei se não criar esse tipo de regra é realmente o caminho da felicidade, mas ajuda bastante não colocar obstáculos no trajeto da nossa corrida olímpica day-by-day.
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Não acredito em vida perfeita, arranjo perfeito ou solução definitiva. Nossas regras não valem pra gente, quanto mais pros outros. O difícil é aceitar isso, né? Beijos Biba!
ResponderExcluirA vida e uma arte.
ResponderExcluirE isso inclui aceitar nossos defeitos o dos outros, aceitar nossos erros, nossas escolhas e encarar as mudanças que a vida coloca em nosso caminho.
Mas quando acordamos e conseguimos enteder que programar cada passo é impossível, irreal, coseguimos a liberdade de desfrutar do que a de mais belo, O ACASO.
Não é viver de acaso, mas misturar atitudes que vem da alma, como aquela receita de bolo fubá da vovó!
3 xic grandes de bom humor.
5 colheres de sopa de levesa de espirito.
3 copos americanos de coração aberto.
10 xic de olhos sorridentes.
2 pitadas de bom senso.
4 colheres de sopa de paciência.
E viva a vida pensando no que a de melhor para todos nós.
E difícil ponderar e equilibrar nossas atitudes, mas vamos ficando cadsa vez melhores e chega um dia que partimos.
Seria um tédio se todos aqui soubessem a formula certa, somos felizes e só vamos dar conta disso na velhice e pq que esse conceito de vida bobo, temos td, trabalho, energia, saúde, o restante é viver.