A bike é meu meio de transporte oficial do trabalho para casa. É uma opção saudável, sustentável e, principalmente, econômica, o que contribui para eu estar sempre bem vestida e com o cabelo hidratado. Tenho uma relação carinhosa com elas como já disse aqui. Todos os dias, vou pra casa pedalando feliz, faceira e sem pressa. Cantamos juntas, rimos das coisas engraçadas que encontramos pelo caminho, trepidamos sobre as mesmas ruas esburacadas.
Do trabalho até minha casa deve dar uns três quilômetros, a maior parte de retas, bem diferente de Minas. Outro dia, estava eu bem peralta quase chegando em casa, quando um erro de cálculo me fez amargar um tombaçasso.
Na penúltima curva antes de casa, dei de cara com um grupinho de vacas (sim, vacas!), que provavelmente voltavam de um passeio, com seu guia bem atrás de moto (agora eles andam de moto e não mais de cavalo, como num quadro que tem lá na casa da minha tia). Logo depois da curva, tem um morrinho mínimo. Um mineiro diria mesmo que insignificante. Tentei frear, já que, não sei quem tem preferência, segundo as leis de trânsito, as vacas ou eu. Decidi não arriscar. Não esperava que a minha bike pudesse derrapar, mas ela derrapou e eu voei.
Vê só como a gente se engana nessa vida. Meu erro foi frear só com o freio dianteiro. Deveria ter usados os dois ao mesmo tempo, foi o que eu descobri depois (vai ser útil agora). Num piscar de olhos, a minha magrela, pobrezinha, tão indefesa e vulnerável voou pra um lado e eu pro outro. Fez um barulhinho assim “plaft”, quando eu me choquei com uma coisa dura, que graças a Deus não era uma vaca. Era um barranco.
Se alguém viu, além do guia das vacas, não vi. Ele seguiu, elas pararam por um minuto, sensíveis, e depois correram, coitadas. Vacas têm coração, cês tão pensando o quê. Nossa, há quanto tempo eu não tomava um tombaço desses cinematográficos. O último que lembro, eu devia ter uns 12 anos, e me deixou uma cicatriz enorme no braço direito, perto do cotovelo. E ali sem ter ninguém por perto que pudesse me acudir (tá bom, exagerei!).
Mas, depois que limpei a poeira da roupa e, o mais rápido que pude, subi na bike e desapareci, deu uma sensação boa, como quem acabasse de fazer uma travessura. Saímos assim, morrendo de rir as duas.
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Julieta, estou aqui a morrer de rir só imaginando a cena....kkkk. Mas tirando a parte engraçada, vê só como a sensibilidade e o talento da minha amiga jornalista consegue fazer virar poesia a mistura de um tombo com vacas?? Só você!! Bjsss
ResponderExcluirJuba,
ResponderExcluirhauhauhauhauhauhauhau
chorando de rir aqui, imaginando a cena, comédia. Só vc mesmo, e só em Ji Paraná para acontecer isso. Deu até saudade daí rsrsrs
bjooo
HAHAHAHAHAHAHA.
ResponderExcluirADOREI, RIR DEMAIS AQUI COM A SUA PRIMA NANDA, HAUHAUAHAUAHU.
AFF, VOCÊ LEVA JEITO PARA ESCREVER, INVISTA, ESCREVA UM LIVRO, SE FOR DIVERTIDO COMO A DESCRIÇAO DOS SEUS DIAS, VOU ADORAR LER, KKK.
BEIJOS.
Olá Luciara! Nós adoramos ver gente nova por aqui. Que bom que você gostou! Obrigada! Volte sempre, viu? Bjo
ResponderExcluirJuba! Essa é minha amiga Juba! Quando li o título cheguei até me confundi: quem era a magrela??? Juba ou a bike?
ResponderExcluirSó mesmo a Juliana para ser atropelada por uma vaca. rsrsrsrs!
Beijos!
Meninas, estamos no blog das FemALE carioca! Deem uma olhadinha lá: http://femalecarioca.blogspot.com/
ResponderExcluirBjsss
Amei o texto.Boa noite!
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