segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que é um ser “sem-mãe”

Acho que a escola primária devia voltar a ensinar boas maneiras. Devia haver uma matéria chamada Respeito ao Próximo. As pessoas perderam a noção, simplesmente! Perderam o compromisso com o outro em todos os sentidos. Não só no sentido da solidariedade, mas da educação, do respeito e dos limites.

Todos os dias, quando você menos espera, aparece um sem-mãe na sua vida cujo propósito (infernal) é te aporrinhar, irritar você, acabar com seu eventual bom humor. Vejam alguns poucos exemplos baseados na experiência recente desta que vos fala.

“Colegas” de trabalho – O óbvio é aquela coisa que a gente acha que, por ser tão óbvio, todo mundo já sabe. É óbvio, por exemplo, que em um ambiente de trabalho, você tem que respeitar o espaço do colega. Como na vida. Não é porque você gosta de trabalhar escutando música alta, que os seus colegas de trabalho têm que compartilhar o seu festival diário. Óbvio, não? Não! O sujeito sem-mãe e sem decência, chega e liga o som do computador na última altura. Ou seja, além de sem-mãe o infeliz é surdo. Já perceberam que toda figura inconveniente se acha o máximo? Ele também acha a música dele o máximo! Ah, minha Nossa-Senhora-do-Céu! O cara não tem noção, que existem outras pessoas trabalhando ao lado dele, que precisam de silêncio, ou que, simplesmente, não gostam da música que ele esta escutando. Isto aí nem é falta de educação, é grosseria pura, mesmo.

Este é o primeiro evento desagradável do dia, fruto da conspiração dos sem-mães contra seu bom humor.

Mesa de trabalho – a mesa e a sala onde você trabalha, a não ser que você seja o dono, são de propriedade da empresa. Mas, as coisas que estão em cima dela são suas, poxa! Traduzindo: o cara não pode chegar mexendo em tudo sem a sua permissão, e ainda deixar bagunçado. Óbvio? Não, em um mundo de sem-mães não é óbvio.

Na padaria – Você entra no carro depois de um cansativo dia de trabalho e resolve passar na padaria que está no caminho, pensando no pãzinho quentinho que deve estar saindo naquela hora. Apetitoso, atraente, cheiroso até. E lá vamos nós aguardar a nossa vez de sermos atendidos, já que nesta hora, várias pessoas pensaram o mesmo que você. Quando chega a sua vez, a balconista pergunta: próximo? E o sujeito espertinho que chegou depois de você diz: eu! Assim, na cara-de-pau. Você dá aquela olhada infravermelha e o sem-mãe finge que não é com ele.

Bloqueiam o cruzamento - O sinal está vermelho, mas em poucos segundos fica verde, permitindo que os carros parados na esquina arranquem e sigam suas vidas. Sim, seria assim, se um sem-mãe não fechasse o cruzamento. Pra mim, quem fecha cruzamento é igual mulher traída, sabe? “Se não é meu, não é de ninguém”. O sujeito sabe que não vai dar pra ele passar, mas ele segue, e fica ali parado com aquela cara de tacho, como se estivesse num drive-thru esperando o lanche. Ah, tenha paciência! O motorista-mulher-traída-sem-mãe ultrapassa todos os limites. Inclusive, o da civilidade.

Os vizinhos – Odeio os meus vizinhos. Não, não devia odiá-los. Devia ficar feliz por tê-los por perto. Talvez, se eu morasse em meio ao nada, e somente o nada tivesse por companhia, ia sentir falta deles. Será? Vou reformular a frase: odeio minha atual vizinha: uma igreja evangélica. Os sujeitos exercitam a fé num volume tão absurdo que não entendo como eles próprios suportam. É qualquer coisa que ultrapassa a barreira de captação de um tímpano humano. Há uma vaga hipótese de todos eles serem surdos. Mas não, são todos o que? Sem-mães! E não me venham com qualquer discurso sobre liberdade religiosa. Ela não importa em desrespeito à liberdade do cidadão, que tem direito à tranquilidade de moradia, ao silêncio, e a não ser incomodado pelo exercício histérico da fé. Aaaah, tenha dó!

Minhas desculpas pelo desabafo, mas é que eu acabo de chegar em casa depois de ter passado por um sem número de sem-mães pelo caminho... Por hoje, chega!

4 comentários:

  1. kkkkkkk, muito bom, Julieta! Você conseguiu listar as principais modalidades dos "sem-mãe"! Tem um que me irrita bastante: aquele colega de trabalho que fica vendo coisas na internet e não segura a gargalhada, você perde a concentração no que está fazendo e quando a retoma, lá vem ele e dá aquela risada irritan
    te de novo, achando que está na casa dele. Sem contar aqueles que se apoderam do ar-condicionado e colocam a temperatura mais fria do que o tempo lá fora, isso tudo em tempos de gripe suína.Irrrrrkkkk, qualquer dia tenho um "dia de fúria"!rsrs, bjs.

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  2. Hahahahaha! A questão é: como conviver com um sem-mãe e não matá-lo! Aaaaafff!

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  3. Juba eu acho que você deve ver pelo lado positivo... pelo menos vc tem emprego, carro, casa e dinheiro pro pãozinho kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    bjooo
    Nanda
    P.S: Eu tbm odeio meus vizinhos :) e eu tiro a caixinha de som de todos q me irritam no trabalho :)

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  4. Naaaaaaaaaaaanda!!! Você por aqui!!! Que bom! Beijos

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